Faz tempo que não descanso em um sábado. Normalmente não curto isso: é um dia inteiro que considero perdido não apenas sob o aspecto do treino, mas (talvez principalmente) pelo bem que ele me faz ao proporcionar horas perdido nos próprios pensamentos e por caminhos diferentes da cidade.
Mas hoje, verdade seja dita, a realidade é outra.
Hoje estou encarando esse descanso mais como uma espécie de marco de diferentes fases de treino. Quando se coloca uma quebra mais brusca, mais radical, na rotina, se informa também ao corpo que algo está prestes a mudar – e essa informação acaba sendo vital para que ele se prepare melhor.
Hoje é como aquele momento de plena calma antes de alguma tempestade, com aqueles instantes mais elétricos em que tudo está prestes a acontecer – mas nada efetivamente acontece.
Hoje é o dia que marca o fim de um capítulo e o início de um outro, mais voltado para ganho de velocidade sem perda de endurance. Há duas ultras pela frente, afinal, e ambas ainda no primeiro semestre.
Hoje é hora de dizer ao corpo e à mente que está na hora dos dois ficarem mais sérios.
Começando por amanhã.