Nem em minhas mais otimistas expectativas eu imaginaria que o Parque do Carmo fosse tão incrível. Arrisco inclusive dizer que ele é, o parque mais perfeito aqui em São Paulo para quem curte ultras.
Há de tudo: percurso extenso, muitas, MUITAS subidas e descidas e trilhas de todo tipo, desde as mais abertas às single tracks no meio da Mata Atlântica.
De acordo com o meu Strava, eu fiz praticamente cada centímetro do Parque ao longo das 4 horas de treino. A variação altimétrica, aliás, fica nítida pelo meu ritmo: nesse tempo, fiz pouco mais que 30km. Mas, assim como em percursos “oficiais” de ultras, o olhar dificilmente vai para o relógio quando se tem tantas vistas incríveis pela frente.
Há árvores imensas, mata fechada, campos isolados e desertos, lagos, morros cobertos de uma grama tão verde que chega a brilhar. Isso sem contar com toda uma variedade de pássaros ecoando orquestras, insetos esquisitos zunindo e esquilos atravessando o caminho sempre apressados.
Talvez as fotos que tirei permitam uma impressão mais nítida do Carmo – descrevê-lo, afinal, realmente é difícil.
Mas uma coisa garanto: por mais distante que seja da minha casa – cerca de 50 minutos de carro sem trânsito – é um lugar que certamente voltarei.