Parece meio ridículo dado o tanto que treino e por tanto tempo. Afinal, já são mais de 3 anos correndo ininterruptamente, incluindo aí dezenas de provas das mais variadas e longas distâncias.
Mas o corpo é assim, tão cheio de diferentes músculos que, às vezes, nem nos damos conta que alguns ficam adormecidos enquanto outros enfrentam todo o treinamento.
No sábado, encarei a trilha e a estrada do Pico do Jaraguá. A trilha foi íngreme, técnica e cheia de trechos em que era necessário apoiar as mãos sobre os joelhos para subir com alguma eficiência e velocidade.
Quando cheguei no topo estava cansado, mas normal. Encarei a estrada sem problemas. Voltei para casa e me deparei com um desafio físico até maior: o jogo do Brasil contra o Chile.
Até aí, tudo bem. Mas, depois do jogo, me dei conta de que estava com uma dor muscular ridiculamente forte nas coxas e panturrilhas.
Tão forte que achei que era algum tipo de piada do corpo e fui dormir. No dia seguinte, domingo, acordei e fui para um regenerativo de pouco mais de uma hora.
Regenerativo? Na volta, a dor aumentou. Comecei a mancar. Andar alguns metros se transformou em um suplício.
Tomei Advil e segui o dia. Hoje, segunda, acordei melhor – mas ainda bastante dolorido. Ainda mancando e estranhando essa sensação de novato que deveria ter ficado para trás há alguns anos.
O corpo é sempre sério em suas afirmações. O meu, creio, ainda não estava preparado para trilhas técnicas, e eu nem imaginava isso. Por sorte não há lesão e nem nada realmente preocupante – embora seja bem chata essa sensação de dor que cisma em ficar.
Trilha é realmente outro bicho, outro esporte, e talvez tenha sido bom aprender isso no começo da jornada. A tempo de programar uma adequação mais de acordo com a realidade do que com expectativas mágicas, de uma irrealidade ingênua.
Agora, com o aprendizado concluído, é esperar e torcer para que a dor vá tão rapidamente como veio. Hoje é dia de descanso e, talvez, de massagem. Amanhã é dia de intervalado – mas só o corpo mesmo é que decidirá pela manutenção da rotina planejada.
Acho que dá para relacionar corrida em esteira de corrida na Rua. Muita gente acha que é igual e no final é muito mais difícil correr na rua…assim como diferente correr na terra! Estou acompanhando sua jornada! Parabéns!
Concordo totalmente Karen :-)