A maior dificuldade, a meu ver, para treinos focados em ultras, é a inserção dos longões de pico na rotina.
Como nem sempre dá para encaixar provas de montanha na planilha, às vezes é necessário improvisar e gastar o tênis no asfalto da cidade. A questão é: por onde? Ficar dando voltas e mais voltas no mesmo circuito é, na melhor das hipóteses, tão eficiente quanto entediante.
Atravessar os extremos da cidade também é complicado uma vez que a distância entre alguns dos pontos praticamente puxa a preguiça.
O percurso ideal, portanto, tem que ser circular (evitando ao máximo se repetir trechos por muito tempo) e com metas praticamente equidistantes, deixando uma sensação constante de proximidade de linhas de chegada imaginárias.
No último sábado acabei forjando um percurso circular de 50K que considerei perfeito para isso – tanto que, embora tenha chegado obviamente cansado, ainda tinha gás para rodar mais.
O percurso está aí, abaixo, bastando que se clique neste link ou na imagem para acessar mais detalhes.
Pontos importantes:
- Saí, claro, de casa. Todo percurso de treino tem que largar de onde moramos, pois isso facilita (e muito) todo o processo.
- O Google Maps é essencial: basta dizer onde quer ir, colocar o fone e ouvir as suas instruções enquanto se corre. Perfeito para pessoas perdidas como eu.
- Um percurso desses tem ainda pontos em que se pode ampliar o trajeto, caso necessário. Dá para se somar mais uns 10K, por exemplo, passando a Ponte do Morumbi e esticando até o Parque Burle Marx, fazendo algumas voltas nas trilhas de lá e voltando; da mesma maneira, voltas maiores pelo Ibirapuera podem garantir mais alguns quilômetros e uma outra esticada até o Parque da Água Branca pode somar uns 5K.
- Para o trajeto, marquei os seguintes pontos: Jardim das Perdizes – Parque Villa Lobos – USP – Parque Burle Marx via Av. Morumbi (sendo que cortei antes, na Ponte do Morumbi) – Parque Ibirapuera – Jardim das Perdizes.
Será provavelmente este o trecho que repetirei ao menos para os próximos dois longões que tenho.