Havia algo de estranho quando entrei na USP no sábado passado para fazer os meus 50K.
Normalmente, toda aquela região é tão coalhada de corredores e ciclistas que se tem a sensação de se estar em uma espécie de versão esportiva das ruas de Mumbai: o trânsito é caótico ao ponto de não se entender como ele chega a funcionar.
E – apesar de notícias de um ou outro atropelamento de vez em quando – ele funciona.
No sábado, tudo estava diferente. Não sei se por alguma regra nova que desconhecia ou por fechamento de ruas devido à Volta Ciclística 9 de Julho, a USP estava fechada para carros.
Sem carros, sem assessorias.
Sem assessorias, sem pessoas.
Como eu corro solo, levando minha própria água e sem depender de nenhuma estrutura, confesso que amei. Foi como se a USP estivesse inteiramente fechada para mim (e talvez para outros 2 ou 3 perdidos que dividiam os seus mais de 10K de percursos livres a arborizados comigo).
Some a isso um dia de sol perfeito com uma temperatura apenas levemente fria e foi como se os Deuses tivessem desenhado aquele dia com o máximo de esmero.
Como comentei, não sei se a USP permanecerá assim, fechada para carros e aberta para pedestres – mas, apesar de gostar do clima de esporte que costuma (ou costumava) dominar a região, confesso que não reclamarei tanto se essa mudança se perenizar.