Foi uma semana complicada. Depois de duas com alto volume, depois de duas maratonas e com o bônus de eu ter me mudado de apartamento e viajado por 3 dias a trabalho na sequência, o corpo pedia descanso.
Recebeu o oposto: na planilha, a semana passada, última do ciclo de 3 pesadas, seria fechada com 50K.
De todos os dias, consegui levantar disposto apenas na terça, para os 20K na escuridão das primeiras horas da manhã paulistana. Depois disso, a força de vontade necessária para me erguer da cama foi tamanha que tive que inserir mudanças de planos.
Na quarta acordei decidido a desistir. Desdesisti, como diria Guimarães Rosa, e corri à noite.
Na quinta me senti seguro o bastante para ignorar o dia. Mudei de ideia e voltei correndo do trabalho para casa, fechando os 15K.
Mesmo no sábado, que tende a ser um dia sagrado, foi necessária uma hora inteira para convencer o meu corpo de completar as 6 horas planejadas.
A prova vai se aproximando na medida em que o corpo já começa a se desesperar por descanso.
Tudo bem: esta semana, pelo menos, é mais leve. Bem mais leve.
Ela precede um outro ciclo de alto volume – o último antes da prova – que me trará mais 3 pequenas ultras e será fechado na São Paulo City Marathon, se minha memória não me falha.
Falta pouco.