É curioso como o corpo tem o seu próprio tempo, por vezes desconectado do que se espera a partir de teorias ou mesmo experiências alheias.
Voltei bem da África, pronto para ganhar as ruas de volta já na quarta imediatamente após a Comrades. Fiz outro treino na quinta, outro no sábado.
De repente, depois do longão (que, na verdade, não chegou a ser tão longo assim), a musculatura começou a reclamar. Alto.
Sem problemas: desisti das ruas na terça – mas segui adiante na quarta, já devidamente motivado.
Não consegui me segurar: na quinta, ao invés de 1h leve, fiz 1h30 com direito a dois tempo runs de 30 e 20 minutos cada. Mas estava inteiro e segui com alguns amigos para o Pico do Jaraguá, onde fiz duas subidas e descidas somando pouco menos de 900m de ganho altimétrico. Curiosamente, voltei muito, mas muito inteiro. Nada de dores e uma sobra de energia impressionante.
Até hoje, pelo menos.
Acordei com os músculos meio colados, tensos e fui para 13k na trilha em torno do Ibira – não aproveitar o céu azul em um domingo cedo me parecia criminoso.
Resultado: agora à noite, enquanto escrevo este post, o corpo todo parece reclamar.
O momento que estou agora é esquisito: hiper motivado e com uma ansiedade monumental de passar horas em qualquer que seja a trilha, mas com uma fadiga poderosíssima. Uma espécie de descolamento de mente e corpo, creio.
Hora de dar tempo ao tempo.
Amanhã é dia de descanso: vamos ver se o corpo alcança a mente para uma sessão com 15 minutos de tempo run na terça. Se não alcançar, rearrumo a programação – mas nada de forçar. Se conseguir, pelo menos.
No final do mês, afinal, tenho 50K em Atibaia para os quais quero estar absolutamente em forma!