Hoje foi dia de brincar nos desníveis.
Logo que acordei, empolgado, voei para o Pico do Jaraguá para uma sessã com três subidas e descidas alternando entre a estrada e a Trilha do Pai Zé.
Preferi começar pela estrada, com seus quase 5km intermináveis – mas lindos – de pura subida serpenteando a montanha. Serviu para aquecer em uma manhã fria e com neblina encobrindo o pico.
Depois, a parte divertida: descer. Faz algum tempo que tomei as descidas como a parte mais deliciosa de qualquer treino, principalmente quando consigo ir rápido. Mérito do meu treinador que inseriu um negócio chamado de Kenyan Hills na minha planilha: algo como subir e descer morros como se o mundo estivesse prestes a acabar.
Chegando na base de volta, hora de pegar a trilha. Já tinha feito ela uma vez, mas é impressionante como intimidade vem rápido.
Subir em trilha, claro, é mais demorado do que na estrada – mas depois que se perde o medo dela tudo fica mais instigante. A pressa vem nas horas certas, a cautela chega nos momentos precisos, pernas e pulmões se alternam no cansaço. Até o topo.
De lá para baixo, tudo é diversão novamente, voando morro abaixo sem medo do solo. Aliás, medo é um negócio curioso: basta perdê-lo que nada de errado parece acontecer. Ao contrário: ele parece ser trocado por pura segurança nas pisadas. Perfeito.
O terceiro “round” foi uma alternância: subi pela estrada, para somar mais volume, e desci de novo pela trilha, para fechar com mais sorrisos.
E assim foi o dia, com perfeitos 1.300 metros de ganho altimétrico e um belo treino para os desafios que estão por vir!
Não é tão comum ir ao Pico do Jaraguá – mas certamente é algo muito esperado por ser, na minha opinião, um dos lugares mais perfeitos para se correr aqui em Sampa.
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Ricardo, como você calcula a altimetria? Usa os valores do Garmin? valeu
Oi Sérgio! Não não, faço a conta mesmo, usando a fórmula de altimetria. Dá uma olhada nesse post aqui: https://rumoastrilhas.com/2014/07/23/calculando-gradientes-de-inclinacao-dos-percursos-cotidianos/