Não tem um processo de treinamento que eu passe que não flerte com o overtraining.
E o problema vem antes de qualquer tipo de lesão ou mesmo dores mais intensas: ele se materializa na cabeça.
De repente, de um dia para o outro, acordar para correr fica mais difícil; a vontade de calçar o tênis cede espaço à preguiça; e mesmo o hábito de navegar na rede em busca de informações sobre o esporte esmaece.
O diagnóstico é claro: a cabeça está cansada de correr. Pudera: nos últimos 45 dias enfrentei uma Comrades – maior sonho de corrida que tinha – mudei o treino para as trilhas em busca de uma nova meta e já me embrenhei na primeira prova de montanha.
Resultado: quebrei.
Está na hora de me remendar. A boa notícia é que cansaços assim tendem a passar rapidamente.
Pulei o regenerativo marcado para ontem – algumas horas de descanso certamente me farão melhor do que 45 minutos leves. Hoje e amanhã estarei em viagem, impossibilitado sequer de pensar em tomar as ruas.
Serão, com isso, 3 dias de descanso – mais do que costumo ter. Não sei bem o que vai acontecer mas minha aposta é que isso cure a mente, fazendo-a novamente ansiosa pelas ruas e trilhas. Se funcionará, não sei.
Mas sei que o caminho para essa “cura” mental passa justamente pelo descanso da mente. É óbvio.