Todo ano há aquele período em que o cansaço se acumula e se apresenta de maneira quase intolerável. São dias em que acordar se torna tarefa hercúlea, longões soam como ultras por si só e tudo o que a musculatura mais deseja é uma trégua.
É como se fosse uma depressão do corpo.
Contra ela, há horas que pedem combate, que exigem que se force as pernas até as trilhas. Há outras, no entanto, que sopram a necessidade de cautela para que o cansaço não gere lesões.
É onde entra o overtraining, aquela palavra que volta e meia aparece na porta de casa.
Essas semanas tem sido exaustivas além do normal. A pressão no trabalho tem moído as forças célula a célula e, de fato, cada soar do despertador tem sido uma tortura.
Hoje, para o bem do próprio treinamento, preciso de um descanso.
Desliguei o despertador.
Virei de lado.
Cancelei o longão da manhã.
Preciso me recuperar um pouco mais antes de seguir em frente.