Ultimamente tenho a sensação de que virei um velho rabugento. De 3 palavras que saem da minha boca, pelo menos uma é ‘cansaço’. Ou ‘exaustão’.
Isso não costuma ser bom sinal.
Olhei para a minha planilha de treino: honestamente, não me parece que o problema esteja nela. Estou ritmado, encaixado, rodando pequenos ciclos de duas semanas puxadas e uma mais leve. Mas ainda assim há algo que não está fazendo sentido.
Nesta semana que se encerra hoje – a ‘leve’ – deveria ter feito 75km. Não consegui.
Transformei as 3 horas de longão de ontem em 1 e estendi apenas um pouco o que tinha originalmente programado para hoje. Fechei 65.
Permaneço cansado, tanto quanto antes.
Ao longo desta semana, acordar cedo tem sido difícil, quase impossível. Levantar da cama, pior ainda.
À noite, luto como um gladiador para manter as pálpebras abertas por alguns minutos depois das 22.
Trabalho? Sim, está exaustivo como poucas vezes antes. Mas não acho também que seja por aí até porque, no frigir dos ovos, tudo vai relativamente bem.
Talvez não seja ‘só isso’, mas sim ‘também isso’. Talvez seja um acúmulo de coisas que decidiram reclamar de dentro para fora. Bom… os sinais da reclamação estão claros.
Também está claro que a nutrição pode estar ajudando a piorar o quadro: faz meses que diminuí bruscamente meu consumo de ferro para baixar a Ferritina. Baixei – mas talvez o preço de um possível exagero esteja sendo uma anemia. Talvez.
Não sou médico, então me resta fazer novos exames e considerar tudo, todo o quadro que se pinta à frente. Considerar e entender.
Há, todavia, o lado bom: se já está claro que algo está errado, então basta investigar e resolver. O primeiro passo, pelo menos, já foi dado.