Correndo a Indomit 100K

Doeu – mas isso é meio óbvio.

Falemos, portanto, do que não é.

Largando à meia noite e mergulhando na lama


Isso, por si só, não é tão incomum em ultra mais longas. Mas a grande questão da Indomit é que ela é conhecida pela dificuldade técnica de suas trilhas – algo que só piorou com o as chuvas bíblicas que caem sobre todo o estado de Santa Catarina há mais de um mês.

Para ser justo com São Pedro, ele até deu uma trégua: a noite estava linda e clara e o amanhecer na Costa Esmeralda foi realmente sensacional. Mas… claro… toda a água que caiu permaneceu no chão, encharcando as trilhas.

Muitas trilhas. A primeira série delas, de mais ou menos uns 7km, me tomou mais de 2 horas. Não dá nem para dizer que eram single tracks: estava mais para “single muds”. Lama e água desciam feito cachoeira de todo canto, transformando subida e descida em um desafio por si só. Já nos primeiros metros tomei minha primeira queda, ouvindo um estalo desconfortável do pulso esquerdo.

Depois, em muitas outras, o corpo fez questão de se apoiar na mesma mão, deixando-a dolorida até o final da prova.

Curiosamente, a iluminação em si não foi o problema. Aliás, arrisco-me dizer até que o escuro ajudou: com a visibilidade restrita ao chão imediatamente abaixo dos pés, a mente não via o qiue estava por vir e encarava tudo com mais “esperança”. Ainda bem: daí até o final da primeira série de trilhas, mais difícil de todo o percurso, seria tudo ultra sinistro.

O alívio

Depois dessa série, um alívio: os próximos 30km, aproximadamente, seriam de estrada de terra com um pouco de asfalto. Seguimos, respirando melhor e curtindo mais cada passo noturno. Tudo, claro, estava no mais puro breu: mas passar pela noite foi uma das descobertas positivas para mim: a adrenalina realmente consegue aniquilar o sono.



 E, claro, fechar a distância da maratona beirando o amanhecer foi também um bom sinal: se mantivesse o mesmo ritmo, conseguiria completar a prova lá pelas 15:00.

Ledo engano.

Trilhas infinitas

A partir daí, todo o percurso passou a ser uma mescla de trilhas técnicas com trechos em praia e em estradas de terra. Nenhuma outra trilha foi igual à primeira série – ainda bem. Mas a quantidade e a duração delas foi, aos poucos, massacrando a mente.

Lá pelos 60K estava no meu momento mais baixo. Lembro de ter cruzado com o Rodrigo João, que estava fazendo a prova de 50K, e que me perguntou se eu estava bem. Imaginei que deveria estar parecendo um cadáver.

Para isso servem os postos de controle – todos, diga-se de passagem, perfeitamente organizados. Sentei, liguei para casa, tomei uma Coca, respirei… e saí.

Aos poucos fui recuperando o ânimo e, antes que me desse conta, estava correndo solto pelas areias das praias. O visual deslumbrante, contrastando o verde da mata com o azul do céu e do mar, ajudaram bastante. Claro.


  
    

A Macaca

Uma das metas era chegar no Posto de Controle do Atlântico, no km 77, último grande PC do percurso. Sentei, tomei mais uma Coca e segui. Mais à frente, uma trilha nova esperava: a Macaca.

Essa, no entanto, foi mais ao meu estilo: teve muita subida e descida, mas tudo seco e recompensado com um visual inacreditável no topo. Pausa para foto e para respirar. Àquela altura, minha previsão de tempo já havia evaporado e estava simplesmente dando um passo depois do outro.

 
Mas, claro, como era hábito da Indomit, havia uma surpresa mais para a frente: o fim da trilha da Macaca emendava com outra trilha, bem mais enlameada e sinistra. Segui.

Escorregando, mas segui.

Ao final, praia.

Corri.

Estava exausto, mas segui adiante como única alternativa.

Nas trilhas, os quilômetros parecem se recusar a passar: anda-se por horas e, quando se confere o GPS, parece que se está no mesmo lugar.

Mais para a frente, um outro posto de controle pequeno me permitiu recobrar o ar. Estava em uma nova zona baixa, com fome e exausto. Tomei uma sopa salvadora que eles serviam, engoli uma Coca e segui adiante.

O último trecho

Dali para a frente, os apoios falaram que seria apenas praia e estrada de terra.

Mentiram. Por surpresa, uma nova trilha entre Bombas e Porto Belo, com cerca de 2km, estenderia a sua lama sob nós. Foi uma espécie de golpe quase fatal: ela trouxe um mau humor que só foi aliviada pelo papo com os outros corredores, todos igualmente exaustos de trilhas.

Mas, eventualmente, tudo chega ao fim.

A trilha terminou em uma estrada de terra que, por sua vez, emendou no asfalto. Parei no último PC, faltando 5km, e sentei.

Lá, no entanto, o corpo começou a dar sinais de esgotamento: senti frio, comecei a tremer e a ficar muito, muito fraco. Se permanecesse sentado por mais alguns minutos, eu sabia que não conseguiria retornar à prova – e não havia passado por tanto para desistir nos últimos 5km.

De repente, me levantei, olhei para frente e comecei a correr.

Alcancei um grupo de corredores – incluindo o Nélio, leitor do blog que me reconheceu sabe-se lá como – com quem fui até o final. Batendo papo com eles, todo o mal estar sumiu: de alguma forma eu havia me recuperado plenamente. Estava conversando normalmente, sem frio e até com menos dores.

E, tirando uma ou outra subida, fomos trotando até o final, engolindo o que faltava de asfalto e praia até ver o pórtico e cruzá-lo como se fôssemos os maiores heróis do dia.

Talvez para nós, aliás, tenhamos mesmo sido. No total, fechei os 100K em 21:07:26, meu recorde de tempo em uma prova.

Cheguei exausto, faminto e com dores generalizadas, destacando coxas e pés – mas muito mais forte do que imaginava. Provavelmente precisarei de uns dias a mais para entender esse longo, longo dia que se passou – mas tê-lo vencido foi, para mim, verdadeiramente marcante.

Pros e contras?

Antes de mais nada, vale reforçar que a organização foi realmente incrível. Mesmo com uma mudança de percurso no mesmo dia da largada por conta de condições técnicas (e, dado que eles mantiveram a primeira série de trilhas, nem dá para imaginar como estava o trecho que substituíram), tudo estava perfeitamente marcado.

Havia postos de apoio mais que o suficiente, o abastecimento estava redondíssimo e a segurança estava reforçada (apesar dos trechos de trilha inegavelmente perigosos).

Mas, ao menos na minha opinião, a dificuldade foi exagerada. Talvez pelas condições em si de cada trilha, ter tantas assim dos primeiros aos últimos quilômetros foi um pouco demais, algo estampado nas faces tanto dos corredores que chegaram até o final quanto dos tantos que desistiram pelo caminho.

Ainda assim, recomendo esta prova para quem quiser – desde que tenha claro que estará enfrentando uma dificuldade realmente colossal.

Checkpoint: Agora é esperar mais alguns dias e largar!

Última semana finalizada.

Não vou dizer que estou recuperado da Bertioga-Maresias – pelo menos não ao ponto de enfrentar 100K daqui a alguns dias. Mas estou quase.

Na semana passada fiz quase nada: 30km apenas para evitar que o corpo perdesse o mo-jo. Nessa semana, o plano era chegar a perto de 70, mas fechei em 56. Cortei um dia na rua e, hoje, ao invés de 1h30, fiz 30 minutos depois de sentir a musculatura dolorida. Para a tarde, massagem e um Flanax para diminuir a inflamação.

Ainda tenho uma semana e, com um pouco mais de descanso, tenho certeza que tudo ficará bem. Mas o lado realmente instigante da semana foi sair para correr nas trilhas do Ibiraquera com tudo escuro e sob toró!

Curti tanto que, no longo que fiz na sexta à noite, de 2h30, nem vi o tempo passar enquanto dava as 3 voltas. Para quem costuma se entediar facilmente com voltas repetidas isso realmente faz a diferença.

E o mais importante: ter me divertido rodando à noite, com chuva, de headlamp acesa e sentindo os cheiros e sons que costumam dar as caras quando o sol desaparece, foi um boost sem precedentes na motivação.

Agora é seguir o resto do plano e confiar no que foi feito!

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O outro Tempo

Tempo é algo extremamente relativo para quem corre. 

Para qualquer outra pessoa, o dia costuma ser dividido, a grosso modo, em dois grandes pedaços: um apressado, feito de tarefas, prazos e compromissos profissionais, e outro doméstico, quando se começa a cuidar do outro lado – o mais importante, diga-se de passagem – da vida. 

Entre um e outro, no entanto, há tempo para se criar um novo pedaço de Tempo. 

Digo mais: a meu ver, é o Tempo mais sagrado de todos por ser absolutamente egoísta, por ser exclusivamente seu e feito para que se curta a si mesmo. Ele não costuma começar promissor: o despertador soando às 5 da manhã dificilmente empolga. Mas, aos poucos, acaba-se cedendo à expectativa de se aproveitar esse Tempo. 

Aos poucos, roupas vão se trocando, portas vão se abrindo e, de repente, você está lá, só, de frente para uma rua vazia iluminada apenas pelos primeiros tímidos raios de sol. 

Você segue. 

Passos ritmados, fone ecoando alguma coisa desimportante qualquer. A vida passa em revista, com o dia atual servindo de marco entre o passado recente e o futuro distante. O pensamento viaja por projeções esculpidas sobre a vida alheia de outros corredores, de outros cotidianos, de outras possibilidades. 

Cruzando um portão, o asfalto se transforma em trilha e os prédios, em árvores. Tudo muda. Os raios do sol, mais lineares e nítidos, parecem desenhar cores pioneiras nos troncos enquanto  mente segue viajando sabe-se lá por onde. O ritmo vai mudando: tempo runs, intervalados, trotes, todas as modalidades se alternam prendendo o corpo a alguma coisa que lembre um planejamento prévio. A mente fica indiferente: tudo o que ela consegue fazer é aproveitar aquelas cenas, aqueles cheiros, aquele calor maravilhoso que assa a pele sob um céu já permanentemente azul. 

Tudo é incrível. 

E tudo dura pouco mais de 1h30. 

A extensão desse Tempo, desse momento intermediário entre os períodos normais, é relativamente pequena. Ainda assim, parece gigante por ser o único não dividido ou compartilhado com absolutamente ninguém além de si mesmo e da própria imaginação. 

Depois dessa corrida que beira o surreal, cruzar o portão de casa para começar o primeiro dos Tempos normais é como iniciar um novo dia.

Um novo dia no mesmo dia – mas devidamente dotado de uma espécie de paz interior que poucos conseguem sequer entender. 

  

Nos calcanhares dos Templários

Eu amo história. 

Metade do tempo que passo correndo – pelo menos – fico com fones entuchados no ouvido ecoando audiolivros de história. Das eras medievais às navegações, dos incas aos maias, de Gengis Khan a Maomé, do ocidente ao oriente, tudo que inclua a linha de tempo da humanidade me interessa. 

Não foi por outro motivo que comecei a organizar a Ultra Estrada Real, refazendo o caminho dos primeiros mineiros e escravos na nossa era colonial. Sim: trilhas em lugares inesquecíveis, como os Andes ou os alpes, sempre serão únicas. Mas e se der para unir uma coisa a outra? 

Eis o Festival des Templiers, lá no interior da França. O objetivo: percorrer quilômetros e mais quilômetros de “estradas” utilizadas pelos Templários enquanto estes protegiam os cristãos em suas peregrinações até Jerusalém, lá na era das Cruzadas. Isso inclui passar por castelos antigos e abandonados, cidades fantasmas, cavernas que serviam de esconderijo e solos por onde se derramou muito, muito sangue medieval. 

O conjunto de ultra – que eles chamam de Festival – está na minha lista de desejos faz tempo e recentemente me deparei com a altimetria da prova de 75km. Perfeita. 

Não está nos planos de curto prazo agora… mas ansiedade e endorfina já viraram uma coisa só apenas de sonhar com essa prova. 

Quem quiser saber mais, clique aqui.

   
 

Iniciando o vôo com um bem vindo descanso

Faz bem voltar ao normal. 

Olhei minha planilha ontem à noite: nada de treino hoje, segunda, e nada de sessões seguidas de 20km. Apenas 1 de 15km e duas de 10 com cargas extras de intensidade. 

No sábado, 3h30: estava com saudade de corridas mais longas assim.  

E mais: hoje, as pernas parecem estar adorando este descanso, recuperando-se mais a cada hora. A partir de agora, exceto caso alguma coisa diferente ocorra, será um “vôo único” até a Indomit, com escala apenas na Bertioga-Maresias. Nada mais de improvisos e malabarismos.

Hora de me focar no treino. 

  

Brigando contra os demônios da manhã

O problema com as longas quilometragens em dias úteis – qualquer coisa a partir de 15km – não são as distâncias: são os horários. 

Não discuto que, quando se está atravessando a trilha do Ibirapuera junto com os primeiros raios de sol que parecem pintar de ouro os troncos e a terra ocre, a endorfina parece explodir pelo corpo. Poucas são as sensações tão gratificantes quanto se ver quase que inteiramente só em meio ao cheiro de orvalho, com tempo e silêncio para mergulhar na própria cabeça e sem se preocupar muito com a pressa. A cidade dorme a essa hora. 

A sensação de ser o único acordado é revigorante. 

Não é aí que mora o problema. Este vem antes – poucos minutos antes, quando o despertador começa a gritar no meio do quinto sono. Aí os demônios aparecem: “durma mais”; “deixe para o final do dia”; “talvez as pernas queiram descanso”.

Os demônios começam a discutir: “no final do dia não dá: tem aquela reunião que deve entrar pela noite”; “a previsão é de tempestade torrencial a partir do meio dia”; “hoje você precisa chegar cedo para liberar a babá”. 

A essa altura o sono em si já se foi. A discussão interna, no entanto, está a pleno vapor, movida à preguiça de se levantar e encarar os dias. Às vezes são poucos minutos até um veredito; às vezes, quase meia hora inteira. Até que, em um determinado momento, alguém vence. 

Normalmente, este alguém é a corrida em si: resignado, me levanto, troco de roupa e parto para abrir o primeiro sorriso apenas depois que o GPS é encontrado pelo relógio e que os primeiros metros são digeridos. Nesses momentos eu chego a me questionar o que me levou a pensar em ficar na cama: “que ideia mais sem pé nem cabeça”! 

Esses dias, com sequências de mini-longões no meio da semana, tem sido inteiramente dominados por essas batalhas. Todas sendo vencidas pelas trilhas, ainda bem – mas seria muito, muito bom que alguém inventasse algum remédio contra esses demônios internos intrusivos.

  

Checkpoint: Mudanças tecnológicas

São poucas as ocasiões – ao menos para mim – em que uma mudança de equipamento acaba sendo o ponto alto de toda a semana. Equipamentos são coadjuvantes, quase imperceptíveis se comparados às memórias (físicas ou mentais) acumuladas nas trilhas e ruas. 

A não ser, claro, quando eles tem a capacidade de mudar o passado. 

É assim que eu estou encarando o Garmin Fenix 2, relógio que estou usando desde a quarta. O motivo: com uma qualidade muito superior para marcar altimetria acumulada por contar com um barômetro, ele pôs em dúvida tudo o que eu acreditava ter como média de “escaladas” feitas no cotidiano. Coisas simples, como os 150m de subida diários nos meus 11km de bate-volta ao Ibirapuera, subitamente se reduziram à metade. Por outro lado, treinos como o de ontem, que incluiu uma subida e descida no Pico do Jaraguá mais todo o percurso de volta, somaram quase 300m a mais que o Forerunner teria mostrado. 

Ou seja: o passado em si ficou uma espécie de bagunça. Nem imagino o que aparecerá nos gráficos daqui para a frente – se eles ficarão totalmente alterados ou se, na média de erros para cima e para baixo, ficarão como se nada tivesse acontecido. 

“Sem motivo para pânico”, fico me repetindo: bagunçado ou não, os treinos sempre funcionaram e sempre consegui cumprir os meus objetivos, seja em provas com 4,5 mil metros de subida como no caso da Douro Ultra Trail, seja nas Comrades, seja na Ultra Estrada Real ou em qualquer outra. 

Mas, para alguém obcecado por números e estatísticas como eu, um grau mais confiável de precisão é, ao mesmo tempo, desconcertante e bem vindo. É como se, agora, eu estivesse entrando em um novo capítulo dos treinos que mudasse um pouco a leitura de todos os capítulos anteriores. 

Bom… desconcertante ou não, que bom que é mais preciso. 

   
 

Para que diabos serve o Garmin Basecamp??

Assim que cheguei em casa ontem, peguei o novo Garmin Fenix 2 e comecei a brincar. Fiz todas as devidas configurações, naveguei pela tenebrosa usabilidade típica da Garmin (que parece se esmerar para esconder funcionalidades e colocar botões nos lugares mais improváveis) e comecei a me ambientar com ele.

Deixo um relato mais detalhado para outro dia, depois que tiver efetivamente usado ele em algumas corridas. Mas o que me espantou mesmo foi o uso do Basecamp, software da Garmin feito para se armazenar e instalar mapas de trilhas de maneira que o relógio possa guiar os corredores.

Em tese, dado que o Fenix tem mapinhas no seu visor, mada parece mais lógico e óbvio. Certo?

Certo. Só que o Basecamp é um desastre do ponto de vista de usabilidade. Por mais que eu tenha revirado a Internet do avesso em foruns e vídeos, nada me fez conseguir a simples tarefa de transferir o percurso da Indomit Costa Esmeralda para o relógio. Nada.

Importar mapas? Opção desabilitada. Comprar um mapa detalhado do Brasil no próprio site da Garmin? Nenhum disponível. Criar um a partir do zero? Impossível a partir de uma nulidade de pontos de referência.

Suporte? Inexistente. Arrastar o arquivo KML ou KMZ? Nem em sonho. Entender o que o software chama de configurar “aventuras” ou “viagens”? Difícil.

Achar críticas e mais críticas de usuários? Isso sim foi fácil. Bem fácil.

Se não consegui transferir mapas do Basecamp para o relógio – o que me permitiria trilhar nos calcanhares de outros corredores de maneira segura em viagens – era hora de partir para o improviso.

Abri a pasta do Garmin em seu drive enquanto ele estava plugado no USB do computador. Lá dentro havia uma pasta chamada GPX.

Busquei no Google algum site que convertesse KMZ em GPX, trocando o formato do arquivo que baixei com o percurso da Indomit a partir do Google Maps. Achei.

Converti.

Criei, manualmente, uma pasta chamada Indomit dentro da pasta de arquivos GPX no drive do relógio. Arrastei o arquivo para lá.

Sincronizei.

Chequei no relógio.

Nadando por ele, dentro de User Data > Tracks, encontrei o mapa do percurso que acabara de inserir. E com uma opção simples: “go”.

Se clicasse nele e se estivesse pelo percurso conseguiria de imediato navegar até a chegada com direções precisas – exatamente o que eu queria.

Missão cumprida.

Mas… se consegui fazer isso apenas pela porta dos fundos, praticamente enfiando o arquivo dentro do relógio, para quê serve mesmo Basecamp – software cuja finalidade primária é justamente facilitar esse intercâmbio de mapas e rotas??

Ainda não entendi.