Para que diabos serve o Garmin Basecamp??

Assim que cheguei em casa ontem, peguei o novo Garmin Fenix 2 e comecei a brincar. Fiz todas as devidas configurações, naveguei pela tenebrosa usabilidade típica da Garmin (que parece se esmerar para esconder funcionalidades e colocar botões nos lugares mais improváveis) e comecei a me ambientar com ele.

Deixo um relato mais detalhado para outro dia, depois que tiver efetivamente usado ele em algumas corridas. Mas o que me espantou mesmo foi o uso do Basecamp, software da Garmin feito para se armazenar e instalar mapas de trilhas de maneira que o relógio possa guiar os corredores.

Em tese, dado que o Fenix tem mapinhas no seu visor, mada parece mais lógico e óbvio. Certo?

Certo. Só que o Basecamp é um desastre do ponto de vista de usabilidade. Por mais que eu tenha revirado a Internet do avesso em foruns e vídeos, nada me fez conseguir a simples tarefa de transferir o percurso da Indomit Costa Esmeralda para o relógio. Nada.

Importar mapas? Opção desabilitada. Comprar um mapa detalhado do Brasil no próprio site da Garmin? Nenhum disponível. Criar um a partir do zero? Impossível a partir de uma nulidade de pontos de referência.

Suporte? Inexistente. Arrastar o arquivo KML ou KMZ? Nem em sonho. Entender o que o software chama de configurar “aventuras” ou “viagens”? Difícil.

Achar críticas e mais críticas de usuários? Isso sim foi fácil. Bem fácil.

Se não consegui transferir mapas do Basecamp para o relógio – o que me permitiria trilhar nos calcanhares de outros corredores de maneira segura em viagens – era hora de partir para o improviso.

Abri a pasta do Garmin em seu drive enquanto ele estava plugado no USB do computador. Lá dentro havia uma pasta chamada GPX.

Busquei no Google algum site que convertesse KMZ em GPX, trocando o formato do arquivo que baixei com o percurso da Indomit a partir do Google Maps. Achei.

Converti.

Criei, manualmente, uma pasta chamada Indomit dentro da pasta de arquivos GPX no drive do relógio. Arrastei o arquivo para lá.

Sincronizei.

Chequei no relógio.

Nadando por ele, dentro de User Data > Tracks, encontrei o mapa do percurso que acabara de inserir. E com uma opção simples: “go”.

Se clicasse nele e se estivesse pelo percurso conseguiria de imediato navegar até a chegada com direções precisas – exatamente o que eu queria.

Missão cumprida.

Mas… se consegui fazer isso apenas pela porta dos fundos, praticamente enfiando o arquivo dentro do relógio, para quê serve mesmo Basecamp – software cuja finalidade primária é justamente facilitar esse intercâmbio de mapas e rotas??

Ainda não entendi.

  

Publicidade

5 comentários sobre “Para que diabos serve o Garmin Basecamp??

  1. Opa. Parabéns pela solução.
    Já usei essa, mas antes eu consegui instalar percursos via software no meu Fênix Tactix. Mas o problema para mim foi outro, de tanto ele apresentar dados errados contactei a Garmin e eles concordam que “algo errado não está certo”, hehe. Pediram o relógio, que está na garantia. Está com eles e até agora, próximo de 30 dias depois, nada de reposta.
    Se fosse um problema isolado, dei azar. Mas não é. Todos que conheço que tem esse relógio reclamam das marcações de distâncias erradas. Comigo chega a marcar 55k em percurso de 45k.
    Boa sorte com o seu, eu estou bastante descontente com o meu.
    Abração

    • Vixe maria! Tomara que esse estresse não tenha sido herdado pelo Fenix 2! Dependi do suporte da Garmin por conta do Forerunner e eles realmente são MUITO ruins no atendimento.

      O lado bom é que o relógio voltou perfeito. Tomara q o mesmo aconteça com o seu – e que o meu novo não precise passar por essa via crucis!

  2. Eu preferi o Ambit 2 da Suunto depois de reviews, mas o software da suunto deixa muito a desejar também. Por exemplo, eu clico em “use this route on watch” mas tenho de desligar o relógio e voltar a ligar ao pc e esperar pela actualização. A melhor vantagem desses relógios é mesmo essa, fazer download de tracks de outras pessoas e explorar. Eu nem uso o trackback, o que o faço é registar um POI (point of interest) no relógio, pode ser sua casa (se sair de cada) ou o carro (se estacionou o carro para correr). Depois dá para navegar em que tem uma seta apontada ao local de casa ou carro e a distância. Isso permite improvisar um pouco, em vez de voltar exactamente pelo mesmo caminho do trackback :)

  3. Eu tive um Garmin mas não lembro o modelo, acho que era um Trex. Não era relógio. Tive o mesmo problema dos mapas e tive que fazer a mesma coisa que vc fez para conseguir usar. Então, com isso aprendi que algumas funcionalidades são apenas pra os Garmins maiores e bemmm mais caros como o Montana.

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s