Passados 75 dias depois da adoção da low-carb, decidi fazer uma outra leva de exames para saber como o meu corpo estava lidando com isso. Antes de entrar nos resultados: fisicamente, tudo parece estar perfeito, com disposição em alta, resistência forte, alto poder de concentração etc.
No entanto, a continuidade da dieta pode estar em risco por conta de um dos indicadores. Vamos a todos:
Em geral, quase todos os indicadores melhoraram: Gama-GT, TGO e TGP, três dos principais indicadores de função hepática, caíram substancialmente (45 para 34, 42 para 32 e 54 para 40, respectivamente).
A glicose também caiu (86 para 82) , juntamente com a insulina (3,5 para 3). O colesterol total subiu levemente (177 para 181), sendo que o HDL foi de 53 para 51 e o LDL de 107 para 120. Todos dentro da normalidade, assim como TSH e T4 Livre.
Tudo também está relacionado à perda de peso: nesses últimos 90 dias, como pode ser visto no gráfico abaixo, 6,7kg desapareceram praticamente sem esforço:
Tudo estaria perfeito não fosse um dos marcadores: a Ferritina. Esta disparou de 257 (há mais de 1 ano) para 334 (há 45 dias) e, agora, foi para 430. Ainda está dentro da normalidade (que fica entre 17,9 a 464) – mas foi um salto alto demais para ser ignorado.
Há, claro, hipóteses plausíveis – incluindo um excesso de consumo de carne vermelha que pode ter gerado o crescimento na Ferritina aliado à queda de outros indicadores relacionados ao fígado. Via das dúvidas, já vou cortar a carne vermelha do cotidiano e trocar por salmão, atum ou frango.
E, claro, está na hora de fazer uma ressonância e de ir ao médico para uma leitura mais científica de todos esses resultados. Na pior das hipóteses, talvez seja o caso de, com pesar, abandonar a LCHF .
A vida deveria ser mais fácil.