Pernas mastigadas, mente tranquila

Tá: é verdade que não tenho seguido uma planilha com o afinco que, provavelmente, deveria. Mas também não dá para dizer que estou sendo relapso ao extremo. De certa forma, meio que na sensação, estou moldando as minhas semanas de maneira a concentrar o máximo possível de back-to-backs.

Explico: o principal desafio do Cruce não é a altimetria em si (embora ela também seja tensa). O ponto mais difícil é justamente correr sobre pernas cansadas já que a prova se dá em três etapas. E para isso, sim, eu tenho treinado.

Exemplificando: minha volumetria na semana passada pode não ter sido tão intensa: ela chegou a quase exatos 70km. Mas destes, 42 foram concentrados entre o final da tarde do sábado e as primeiras horas do domingo. E sim: sair no domingo foi muito, muito cansativo.

Essa “receita”, por assim dizer, tem sido aplicada semana após semana, chegando ao curioso ponto de eu estar no período de pico, sem bater na casa dos 100km semanais mas com as pernas absolutamente mastigadas. O próprio treino de hoje, de 15km, foi dolorido.

Está tudo certo? Não sei, sendo bem sincero. Esse estado que mescla disciplina para treinar a falta de disciplina para seguir um plano de treino não é exatamente algo com o qual eu esteja acostumado.

Mas, dado que estou de fato tendo as sensações que previa para este ponto – e dado também que eu não me sinto nada nem remotamente próximo de uma lesão – creio que tudo esteja bem.

A mente, pelo menos, está tão tranquila quanto fortes as dores que sobem pelas pernas.

Heading down the trail together!

 

 

 

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