A primeira corrida depois de uma prova intensa é sempre um conjunto de interrogações. O corpo responderá bem? Como reagirão os joelhos? E a fisiologia como um todo?
Normalmente, procuro já encaixar um ritmo próximo do normal no terceiro dia depois da prova. Há algo na linha de “lavar” o corpo, de expurgar logo os demônios, que funciona bem. Como, desta vez, tenho a Indomit em poucas semanas, fui mais conservador.
Depois da Bertioga-Maresias no sábado, esperei até as dores musculares evaporarem por completo e apenas ontem, quarta, saí para a rua. Ainda assim, fiz apenas 6K em um ritmo bom, de 5’40”.
Já saí também com o tênis que usarei na Indomit, um Salomon SenseLab com um grip excelente, mas que tem como defeito um drop desnecessário e um cabedal que briga bastante com os dedos e unhas. Mas, se é o que temos, é o que devemos nos acostumar. Daqui até novembro, o plano é ficar amigo íntimo dele.
Ainda haverá mais corridas na semana – incluindo hoje e o final de semana. A estratégia é simples: transformar essa semana de recuperação em uma espécie de tapering invertido, somando volume de rodagem de maneira gradativa até o pico na semana de prova.
Fiz essa estratégia no ano passado, na Douro Ultra Trail, e ela fucionou perfeitamente bem. Que a mágica se repita!