Antes de qualquer coisa: não tenho nenhuma dúvida de que qualquer ultra aqui no Brasil teria um peso fortíssimo se fosse tratada pelos organizadores de maneira mais profissional – ao menos na comunicação. Digo isso sem jamais ter corrida a Bertioga-Maresias e já fazendo a ressalva de que só ouvi elogios quanto à prova.
Mas puxa… qual o problema em usar o site para colocar altimetria detalhada, mapa e um acervo de vídeos minimamente bem produzidos? Outras provas na Europa, África ou EUA esbanjam qualidade nesse sentido e não tenho dúvidas de que isso faz toda a diferença para elas.
Mas enfim: chega de reclamações. Vamos à parte prática.
De acordo com os zilhões de relatos que cacei Web afora, devo encontrar um percurso relativamente plano – ao menos no começo. Essa imagem ilustra bem (apesar de ser desatualizada por conta de uma mudança no percurso desde 2012). Mas, contando com a possibilidade da mudança ter sido pequena, ei-la:
Uma outra imagem, mais recente, dá alguns dados a mais:
A parte mais tensa é no final, principalmente na subida da serra de Maresias. Será uma subida de 300 a 400 metros em algo como 2 ou 3 km depois de ter passado por bastante areia fofa. O fato disso ter ficado para o final é até bom: não seria uma ultra de respeito sem alguma pitada de sadismo :-)
Achei uma outra imagem, de outro corredor, que destaca justamente esta subida:
O site tem também uma relação de pontos de controle:
Pois bem: hora de começar a aquecer os motores. Até lá, meu foco será misto entre uma manutenção de volumetria e alguns tiros para forçar velocidade.
Como meu foco principal é a Indomit 100K – esta prova é mais um longão de luxo – não devo fazer nenhum processo mais agressivo de “tapering” ou forçar muito a barra para bater o recorde galáctico. A ideia será apenas correr como se fosse um dia como outro qualquer – só que aroveitando a maravilhosa paisagem do litoral norte paulista.
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