Foi, sem dúvida alguma, uma semana de conflitos.
Semana que já começou com o contraste das deliciosas corridas em dunas cearenses de dias anteriores versus o concreto e o cinza de São Paulo.
Na semana passada, estava inteiro e voando sobre terrenos difíceis; nesta, dolorido até a alma no mais liso dos asfaltos. Na semana passada, acordava sozinho às 5:30 da manhã sedento pelo sol e os novos percursos; nesta, me senti quase como um viciado em crack, espremendo uma corrida entre as 20 e as 21 horas na mais pura fissura.
Fiz 55km nos últimos sete dias – exatamente metade dos 7 anteriores. E não estou em perfeito estado.
Verdade seja dita, fui alertado repetidas vezes pelo corpo de cancelar uma ou duas corridas para evitar problemas mais sérios. Ouvi apenas parcialmente: ontem de manhã, por exemplo, cortei o longão ao cabo de 3km; mas, à noite, acabei fazendo mais 12 apenas para sentir a rua.
Por sorte, 55km não é lá tanto assim – e quem sabe não tenha que pagar o preço pela óbvia teimosia.
Pelo menos é o que espero.
Teimosia, aliás, é exatamente isso: a forma mais desesperada e tola da esperança.