Acordar foi difícil. O despertador tocou a partir das 6 mas, de “soneca” a “soneca”, só consegui me levantar às 7:30.
Em uma semana tão turbulenta, com direito a treino perdido e tudo, desistir do longão seria uma péssima ideia.
Ainda assim, o prospecto de passar três horas na rua – algo que sempre encarei com ansiedade e entusiasmo – só me gerava mais exaustão. Mas fui.
Trotando no começo, correndo na sequência. Desci a Cidade Jardim, peguei a Faria Lima até a Rebouças, atravessei a Marginal e segui para a USP.
Foi onde começou a parte boa. Por algum motivo, mesmo já tendo a USP faz tempo no roteiro dos meus longões, nunca tinha percebido uma trilha que se esconde na lateral de uma rua próxima à Subida do Matão. Dessa vez vi. E entrei.
Não é uma trilha grande: tem apenas um quilômetro. Mas é muito, muito gostosa. Estreita sem ser técnica, úmida e cortando o que parece ser um mini-pântano com MUITO verde por todos os lados. Para aproveitar mais, dei duas, três, quatro, sete voltas. Até ficar saciado e voltar para as ruas da USP com a sensação de estar entrando de novo na cidade.
Aí foi encarar a Subida do Matão e tomar o rumo de casa.
Mas, fora a experiência na mini-trilha pantanosa, foi uma corrida cansada. Fiquei com aquele incômodo entre a boca do estômago e o coração – a manifestação física do cansaço mental – me acompanhando por todo o tempo.
Cheguei em casa destroçado, exausto. Mas com a missão cumprida.
Agora é procurar descansar um pouco e recuperar as energias que foram sugadas pelo trabalho!
É Ricardo. Vida de atleta amador não é fácil. Estou me preparando para a K42 que acontecerá em Ubatuba (minha primeira maratona, e olha que será após eu completar 40 anos), mas devido ao ritmo de trabalho pesado na semana não consegui sair hoje para o longão. Em contrapartida, pelo menos fiz fortalecimento na academia. Mas, vendo a sua disposição, amanhã eu recupero o tempo perdido de hoje.
Abraço.
Soube que essa prova é incrível Anderson! Boa sorte! No final das contas, são essas coisas – desbravar novos lugares, ver paisagens únicas, conhecer gente nova e ter um sagrado tempo só para nós mesmos – que fazem todo esse esforço valer a pena. Às vezes cansa mesmo. Eu estou um caco essa semana. Mas confiante que vai passar logo.