Nada de corrida imaginária hoje. Aproveitando o feriado, foi o tempo de acordar, brincar de Barbie (algo mais cotidiano que jamais imaginei por conta, obviamente, da minha filha) e sair.
A meta: 15km no Ibira.
A realidade, diferente do imaginário, foi sentir que o corpo ainda não está 100% recuperado. Não que esteja quebrado, claro – mas a sensação de ferrugem persiste firme, fazendo-se notar nas articulações e músculos da perna.
Mas fui. Na ida, um vento contra delicioso lembrava que a madrugada havia sido de tempestade na capital paulista.
Tomei a trilha.
Um pouco de lama e árvores caídas deram o tom da manhã. Um tom fantástico, diga-se de passagem, com direito a trilha praticamente exclusiva para mim e um ar condicionado natural delicioso. É impressionante como o efeito da endorfina é forte: bastou meia volta por lá que eu já estava me sentindo novo, revigorado, e sem nenhuma vontade de terminar em 1h30.
Sem compromissos no resto da manhã, eu simplesmente segui em frente, deixando o corpo decidir por mais uma volta. Em um determinado ponto, o céu decidiu abrir e dar espaço ao calor úmido, mais intenso, ardente.
Sem pensar duas vezes, tirei a camisa e segui com um sentimento de liberdade daqueles que só se espera ver em filmes. Perfeito.
Só no final da segunda volta é que voltei a sentir as articulações e decidi não exagerar. No total, fiz 18km com direito ainda a subir a Ministro até a Paulista, entrar no Parque Mário Covas e voltar para casa.
E pronto.
Dia bom é dia que começa com suor escorrendo por quilômetros.
Só espero que a recuperação venha logo – estou cansado desse gerúndio.