Na semana passada eu troquei o longo do sábado de manhã pela sexta à noite. Foram dois motivos: desenferrujar a headlamp, que será usada na Indomit neste próximo final de semana, e livrar a manhã do sábado para outras coisas que precisava fazer.
E, assim, saí do trabalho já com tudo escuro rumo ao parque. Não dá para dizer que o Ibiraquera é um lugar selvagem, claro: trata-se de um grande parque urbano, com trilhas absolutamente domesticadas e apenas um ou outro obstáculo pelo caminho. Ainda assim, é uma experiência sensacional para quem quer variar.
Os cheiros são outros, os sons são outros e a sensação de se estar na mata é imbatível. Só que há outras curiosidades tipicamente urbanas em uma trilha assim.
A minha primeira volta foi basicamente uma repetição de trechos que costumo fazer de dia: incluiu uma área mais deserta atrás da horta e um cotovelo perto de um dos portões principais (veja no mapa abaixo).
À noite, no entanto, concluí que esses trechos são dominados por… ZUMBIS! Não achei outra maneira de descrever os seres que lá estavam: de 5 a 10 indivíduos sem camisa, andando sozinhos de um lado para o outro na mais completa escuridão. Nenhum falava ou murmurava: eles simplesmente se afastavam de mim sempre que a lanterna iluminava o local.
Não havia movimentos agressivos e nem mesmo olhares desconfiados: estavam apenas ali, como se tivessem brotado do solo, vivendo com a mesma intensidade que uma planta. Dá para imaginar?
Bom… nenhum dos zumbis tentou me comer mas, por via das dúvidas, cortei esses trechos nas últimas duas voltas.
Para quem estiver a fim de uma aventura noturna no meio da cidade, recomendo o Ibira fortemente – mas que fique aqui o alerta. Afinal, quem sabe os zumbis não fiquem com fome e queiram te devorar em alguma oportunidade qualquer??
Vai saber…