Oi Suunto

Adeus, Garmin. 

Ninguém pode me acusar de não ter tentado. 

Tentei com o Forerunner 620, que quebrou e me fez passar por um kafkiano processo de assistência técnica. 

Insisti e comprei o Fenix 2 por conta da bateria e tive o mesmo problema. Foram esperneadas no suporte, súplicas via Facebook, gritos via ReclameAqui até ter um novo relógio entregue. 

Durou uma prova e cerca de 2 meses e o mesmo defeito decidiu aparecer. 

Chega. 

Comprei um Ambit3 na esperança de ser um casamento mais duradouro. 

  

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Checkpoint: Mudanças tecnológicas

São poucas as ocasiões – ao menos para mim – em que uma mudança de equipamento acaba sendo o ponto alto de toda a semana. Equipamentos são coadjuvantes, quase imperceptíveis se comparados às memórias (físicas ou mentais) acumuladas nas trilhas e ruas. 

A não ser, claro, quando eles tem a capacidade de mudar o passado. 

É assim que eu estou encarando o Garmin Fenix 2, relógio que estou usando desde a quarta. O motivo: com uma qualidade muito superior para marcar altimetria acumulada por contar com um barômetro, ele pôs em dúvida tudo o que eu acreditava ter como média de “escaladas” feitas no cotidiano. Coisas simples, como os 150m de subida diários nos meus 11km de bate-volta ao Ibirapuera, subitamente se reduziram à metade. Por outro lado, treinos como o de ontem, que incluiu uma subida e descida no Pico do Jaraguá mais todo o percurso de volta, somaram quase 300m a mais que o Forerunner teria mostrado. 

Ou seja: o passado em si ficou uma espécie de bagunça. Nem imagino o que aparecerá nos gráficos daqui para a frente – se eles ficarão totalmente alterados ou se, na média de erros para cima e para baixo, ficarão como se nada tivesse acontecido. 

“Sem motivo para pânico”, fico me repetindo: bagunçado ou não, os treinos sempre funcionaram e sempre consegui cumprir os meus objetivos, seja em provas com 4,5 mil metros de subida como no caso da Douro Ultra Trail, seja nas Comrades, seja na Ultra Estrada Real ou em qualquer outra. 

Mas, para alguém obcecado por números e estatísticas como eu, um grau mais confiável de precisão é, ao mesmo tempo, desconcertante e bem vindo. É como se, agora, eu estivesse entrando em um novo capítulo dos treinos que mudasse um pouco a leitura de todos os capítulos anteriores. 

Bom… desconcertante ou não, que bom que é mais preciso. 

   
 

Adeus Forerunner, olá Fenix

Hora de atualizar o equipamento. 

Nada contra o Forerunner, mas estava na hora já de eu ter em mãos um relógio um pouco mais compatível com as minhas preferências de corrida – algo com uma bateria que dure mais que 5 horas, com um altímetro mais confiável e com possibilidades de gravar rotas em GPS para evitar que me perca como já ocorreu antes, lá na Argentina. 

Acabei de comprar o Fenix 2, que deve chegar amanhã em minhas mãos. 

Mal posso esperar para testá-lo nas trilhas (ou mesmo no quarteirão)! 

  

Brincando de Strava

Dia atípico: por conta de uma reunião de trabalho às 8:30, acabei tendo que assassinar o meu longão de hoje. Tudo bem: acabei “espalhando” o longão pelo resto da semana/

E, claro, aproveitei também para usar o meu brinquedo novo, o Strava. Até então, usava o MiCoach, da Adidas, para acompanhar os treinos. Essa app é imbatível em um ponto: ela efetivamente passa instruções ao longo de cada corrida, funcionando quase como uma conexão virtual permanente com um treinador.

Mas, desde que troquei o SmartRun para o Garmin, acabei pesquisando outras ferramentas. E caí no Strava que, diga-se de passagem, é integrado tanto ao MiCoach quanto ao Garmin.

Não vou ficar aqui celebrando o software: eu provavelmente sou o último corredor a conhecer o sistema deles. Mas vou apenas dizer que fiquei quase abismado com o nível de dados que entregam.

Além do conceito de segmentos e de rotas dos outros – que já estou utilizando para programas corridas na Argentina, durante o final do ano – a análise de pace foi o que mais me chamou a atenção.

Até então, utilizava apenas uma análise quase cronológica de uma corrida – incluindo pontos em que aumentava ou diminuía o pace. Hoje, no entanto, a análise de zonas acaba dando uma noção bem mais clara do esforço feito e dos resultados alcançados.

Exemplo abaixo:

Screen Shot 2014-11-07 at 3.08.00 PM

Resultado? Nessa corrida de exemplo, feita ontem, acabei forçando a velocidade (Z4 para cima). Perfeito: era exatamente essa a meta do dia.

Fiz a mesma comparação com a quinta mas percebi que, nela, apesar de ter terminado com uma sensação de missão cumprida, havia me concentrado quase que inteiramente na Z3. Em outras palavras: acabei encaixando um treino errado.

Vou passar a utilizar essa análise mais vezes como uma espécie de ferramenta para guiar o desempenho. Tecnologia é incrível!