100 milhas em setembro?

No ano passado, acompanhei os posts do Paulo Penna pelas 100 milhas que percorreu no caminho de Sabarabuçu, na Estrada Real. Confesso que achei sensacional, tanto o local da prova – a mágica Estrada Real – quanto as experiências que ele relatou. 

Ontem à noite vi um outro post dele com um relato diferente. Comentei elogiando o texto do Paulo – e recebi dele a notícia de que a edição deste ano aconteceria no dia 3 de setembro. 

Pois é. 100 milhas. 100 milhas? 

Essa distância, última das clássicas distâncias de ultras, está sem dúvidas nos meus planos. Mas estava ainda tão distante que, nem em sonho, imaginei corrê-las ainda este ano. 

E ainda não me decidi: além do desafio há uma questão importante de logística, pois precisaria estar de volta no dia 6, aniversário da minha filha e que jamais perderia. 

Mas aquela coceira da ansiedade começou. Fiquei extremamente empolgado: não haveria lugar melhor no Brasil para eu inaugurar essa distância. 

Agora é pensar mais. 

Quem sabe? 

  

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Por que não criamos ultras mais relevantes no Brasil?

Todas as ultras mais desejadas do mundo tem uma característica essencial: um apelo emocionalmente poderosíssimo para os corredores. E esse apelo pode ir por três lados: relevância histórica, dificuldade colossal ou beleza estonteante. Frequentemente, aliás, esses três elementos estão juntos.

Exemplos?

O percurso da Comrades não é exatamente incrível – mas seus mais de 90 anos de história, a força que exerce sobre toda uma nação e as lendas que giram em torno dela a fazem ímpar.

Spartathlon, na Grécia? Junta a dificuldade homérica de se completar 246km em menos de 36 horas – com pontos de corte no mínimo sádicos – com o peso histórico de se estar refazendo o percurso de Filípides.

El Cruce? Precisa falar alguma coisa da sua beleza estonteante? A experiência de cruzar os Andes e beber uma paisagem daquelas por dias está longe – muito longe – de ser considerada corriqueira.

A Marathon de Sables, com quase uma semana para se cruzar 254km no Saara, não é considerada tão difícil quanto outras do gênero por ter postos de corte mais generosos – mas, da mesma forma que o Cruce, permite se testemunhar cenas absolutamente inesquecíveis.

E por aí se vai. TransVulcania, Barkley, Mont Blanc (UTMB)… todas tem um ou mais destes três ingredientes.

Agora olhemos o Brasil.

Das poucas ultras que temos em nosso solo, a única que realmente se destaca é a Jungle Marathon – e que é mais famosa no exterior do que aqui. Mas há tantos locais incríveis no Brasil que, honestamente, não fazer uma ultra neles é jogar fora oportunidades. Exemplos práticos?

Começo com o que nós mesmos fizemos no começo do ano, por conta própria: a Ultra Estrada Real. Refazer o caminho dos mineiros no auge do ciclo do ouro e terminar aos pés da estátua de Tiradentes em Ouro Preto em plena Páscoa, época que toda a região fica deslumbrante, certamente é uma candidata. Dezenas de corredores participaram dessa iniciativa que começou por aqui e que, aparentemente, terá alguma continuidade.

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E outros locais?

Correr no sertão em pleno verão escaldante certamente seria um belo desafio. Aliás, o amigo André Zumzum organiza o Caminhos de Rosa que é justamente isso – com o bônus de acontecer na trilha das histórias do mestre Guimarães Rosa. Não fosse tão longa – ela tem 263km – eu participaria na mesma hora.

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Há outro sertão perfeito: Canudos. Terra de santos, beatos, guerras e de um dos episódios mais marcantes da nossa história, seria um desafio e tanto.

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E Lençóis Maranhenses? Uma prova por suas dunas seria inesquecível e atrairia gente de todo o mundo.

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Chapada Diamantina? Que me conste, há apenas uma maratona por lá – mas há terreno suficiente para se explorar distâncias maiores com pérolas espalhadas por ela.

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Falando em Chapada, há a dos Veadeiros que tem o pitoresco Vale da Lua.

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O Rio de Janeiro também poderia receber uma ultra. A cidade é inegavelmente uma das mais lindas do Brasil e conta com pontos perfeitos como o Pão de Açúcar, o Cristo, a região da Vista Chinesa. Sua cidade irmã, Cape Town, fez uma ultra pela cidade que rapidamente cresceu (Ultra Trail Cape Town).

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Lá no sul há a região das Missões ou a Serra Gaúcha. Locais PERFEITOS para se correr em trilhas animais e memoráveis.

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Isso sem contar com locais de mais difícil acesso como o Monte Roraima, o Jalapão e tantos outros.

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O fato é que vivemos em um país que, embora não esbanje praias como as do Caribe ou montanhas como as dos Alpes, tem belezas inquestionáveis. Também é fato que, senão todos, a grande maioria dos ultramaratonistas vivem para beber cenas marcantes nas trilhas ou ruas do mundo.

Por que, então, as ultras que acontecem por essas bandas cismam em não aproveitar quase nada das nossas belezas naturais?

Tomara que alguém leia esse post e tome alguma providência organizando algo mais parrudo. Uma coisa eu garanto: a minha participação entusiasmada.

Ultra Estrada Real: Trecho a Trecho (Trecho 5, final)

Hora de terminar a prova! A essa altura, a noite já deverá estar sobre as nossas cabeças (ou, pelo menos, chegando lá). Por outro lado, será o trecho mais curto e percorrido inteiramente sobre asfalto (embora quase todo em subida), na estrada efetiva que ainda hoje liga essas duas cidades.

Chegaremos enfim a Ouro Preto, finalizando a corrida na principal praça da cidade e comemorando essa viagem por um dos mais importantes períodos históricos do nosso país!

Trecho 5: 12km de Mariana a Ouro Preto

Todo o trajeto entre Mariana e Ouro Preto é feito por estrada asfaltada, o que requer uma maior atenção dos praticantes. No caminho, passa-se pela Mina da Passagem, parada obrigatória para conhecer a única mina de ouro do Brasil aberta para visitação.

O trecho termina na cidade de Ouro Preto, antiga capital de Minas Gerais. Ouro Preto une um elo de aprendizado entre o civismo e a História de Arte, reconhecido pela UNESCO como Monumento da Humanidade. Nesta esplêndida cidade, com seus magníficos casarões, belas ladeiras e muita história pra contar.

Atenção!! Neste trecho não tem marcos instalados!

Conteúdo extraído do site: http://www.estradareal.tur.br/caminhos-trechos_1_21

IMPORTANTE:

Faça download e leve consigo os mapas, perfis altimétricos e planilhas de navegação de toda a prova. O link direto para isso é https://rumoastrilhas.com/ultraestradareal/o-percurso/

Ponto no percurso:

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Ultra Estrada Real: Trecho a Trecho (Trecho 4)

Os menores povoados, pontos de descanso dos viajantes do século XVIII, já estão ficando para trás. Nesse trecho começamos a nos aproximar do primeiro grande centro, Mariana, uma das mais icônicas cidades do ciclo do ouro mineiro.

Trecho 4: 18km de Camargos a Mariana

O percurso é por estrada de terra que se encontra em boas condições, cercada por gramíneas e com um mar de morros no seu trecho inicial, sendo que, após alguns quilômetros, a mata circundante passa a ser bem densa e formada por árvores altas, deixando a estrada mais fechada e bonita. Porém, como um todo, ela pode ser caracterizada como plana de leves subidas.

O fim do percurso é na cidade Mariana, que já foi a primeira capital das capitanias de Minas e São Paulo, título que perdeu em 1740, para Ouro Preto devido sua maior importância econômica. A admirável cidade apresenta um acervo riquíssimo das mais belas obras do barroco mineiro.

Conteúdo extraído do site: http://www.estradareal.tur.br/caminhos-trechos_1_20

IMPORTANTE:

Faça download e leve consigo os mapas, perfis altimétricos e planilhas de navegação de toda a prova. O link direto para isso é https://rumoastrilhas.com/ultraestradareal/o-percurso/

Ponto no percurso:

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Ultra Estrada Real: Trecho a Trecho (Trecho 3)

Quase uma maratona depois, o cansaço certamente já começará a se fazer presente. O ponto positivo é que teremos também bebido vistas incríveis e já estaremos plenamente dentro do espírito da corrida como um todo, preparados para encarar o que vier para a frente.

Trecho 3: 18km de Santa Rita Durão a Camargos

De características bem marcantes, a estrada entre as cidades é boa, em grande parte plana, larga e com vegetação rasteira, sendo completada com algumas descidas e subidas leves, nada preocupante, sendo que, após Bento Rodrigues, a estrada passa a ser mais estreita e com subidas e descidas mais fortes.

Durante o caminho o viajante passa pelo povoado de Bento Rodrigues, que tem como um dos seus atrativos a igreja do Rosário, na qual apresenta um imponente altar todo construindo em madeira.

O fim do percurso é no pequeno vilarejo de Camargos, fundado em 1711, com a descoberta de um ribeirão aurífero. Possui uma igreja de chamar a atenção, com uma magnífica escadaria de acesso, além disso, devido a sua localização, no alto de um morro, possui uma vista de encher os olhos. 

Conteúdo extraído do site: http://www.estradareal.tur.br/caminhos-trechos_1_19

IMPORTANTE:

Faça download e leve consigo os mapas, perfis altimétricos e planilhas de navegação de toda a prova. O link direto para isso é https://rumoastrilhas.com/ultraestradareal/o-percurso/

Ponto no percurso:

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Ultra Estrada Real: Sobre passaportes e certificados

Muitos corredores tem me perguntado sobre a questão da retirada de passaportes e certificados. Bom… como correremos precisamente entra a Sexta-Feira Santa e a Páscoa, já era de se imaginar que nem todos os estabelecimentos funcionariam como em dias úteis normais.

Mas conseguimos algumas informações do Instituto Estrada Real que podem ajudar. Vamos lá:

Passaportes: 

Quem quiser o certificado de conclusão, como comentamos aqui, deve retirar o passaporte de peregrino da estrada mediante a doação de 1 quilo de alimento não perecível ou agasalho. Isso deve ser feito na sexta-feira, entre 15:00 e 18:00, na Praça Tiradentes, número 4 – Ouro Preto.

Se você não estiver em Ouro Preto nesse dia e hora, pode combinar com algum amigo que for lá. Falei agora há pouco com a Daniele Teixeira, do IER, que me confirmou que uma pessoa pode retirar o passaporte para outra. 

A propósito: os passaportes são nominais – todos os que se inscreveram já tem um aguardando em seus nomes, caso queiram.

Carimbos:

Para termos o certificado de conclusão, precisaremos de 3 carimbos de passagem. O último pode ser dado diretamente em Ouro Preto, na retirada do certificado – mas dois deles precisarão ser feitos ao longo da corrida. Esses carimbos poderão ser dados em 2 das cidades do caminho – Catas Altas e Mariana. Abaixo estão os endereços de cada um dos pontos:

Em Catas Altas: 

  • Centro de Atendimento ao Turista: Rua Monsenhor Mendes, 26 – Casa da Cultura (das 8 às 17, mas fecha para o almoço). Contato local: Márcia Martins, no 31-3660-2003
  • Pousada Ecopousada Escarpas do Caraça: Rua Melquíades Leandro, 1050 – Santa Quitéria (24 horas). Contato local: Alouad/ Cida Saad, nos telefones 31-8397-4654 e 31-3832-7473

Em Mariana:

  • Centro de Atendimento ao Turista: Rua Direita, 91/ 93 (das 8 às 18:30). Contato local: Érica Chaves, no 31-3558-2314/ 1062
  • Pousada Contos de Minas: Rua Zizinha Camello, 15 – Centro (24 horas). Contato local: Beatriz, no 31-3558-5400.
  • Pizzaria Dom Silvério: Rua Salomão Ibrahim da Silva, 78 (das 18:30 à 0:00). Contato local: Érica, no 31-3557-2475.

Importante: Há mais do que um ponto nas duas cidades, todos próximos ao caminho – mas apenas um carimbo por cidade será aceito. 

Certificados:

Da mesma forma que os passaportes, os certificados também podem ser retirados por terceiros. O IER não exigiu nada, mas recomendo levar ao menos uma foto do corredor em Ouro Preto, nem que seja digital, no celular, para provar que ele efetivamente esteve lá.

A retirada poderá ser feita entre 9:00 e 11:00 no mesmo local que os passaportes foram emitidos – na Praça Tiradentes, número 4.

É isso aí! Está chegando a hora :-)

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Ultra Estrada Real: Trecho a Trecho (Trecho 2)

Já chegaremos aquecidos depois de pouco mais de uma meia maratona com uma vista incrível sempre nos acompanhando. Será hora de partir para o segundo trecho.

Trecho 2: 18km de Catas Altas a Santa Rita Durão

De uma bela singularidade, o percurso entre Catas Altas e Santa Rita Durão pode ser dividido em dois momentos. O primeiro é realizado em uma estrada de terra conhecida como “Trilha Parque”, possuindo boas condições e grande parte de seu percurso é plano, facilitando a passagem de diferentes meios de transporte ou mesmo a pé. Já na segunda parte, o viajante se depara com o povoado de Morro d’ Água Quente e até Santa Rita Durão o trajeto passa a ser por uma estrada construída em cima de uma montanha de minério de subidas e descidas, porém não impede o acesso dos praticantes, mesmo sendo a cavalo ou de bicicleta. 

O arraial de Morro d’ Água Quente não apresenta infra-estrutura turística, porém a curiosidade de seu nome, surgido devido às fontes termais que existiam da região, destruídas pelas escavações do ouro, já valem a visita.

Ainda no caminho entre Morro d’Água Quente e Santa Rita Durão, o viajante passa pelo aterro sanitário da região, que já ganhou alguns prêmios por ser exemplo e servir de modelo a outros devido a suas condições ecologicamente responsáveis. Neste ponto também é possível avistar o Pico do Baiano, localizado na Serra de Catas Altas, e que abriga locais para a prática de escalada e outros esportes radicais.

Ao final, o turista chega a Santa Rita Durão, terra do poeta Frei José de Santa Rita Durão. A cidade foi fundada em 1702, e guarda o aspecto pacato das cidades do interior mineiro, além de contar com belos exemplares da arquitetura colonial, como a Capela de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, que foi restaurada pelo IPHAN.

Conteúdo extraído do site: http://www.estradareal.tur.br/caminhos-trechos_1_18

IMPORTANTE:

Faça download e leve consigo os mapas, perfis altimétricos e planilhas de navegação de toda a prova. O link direto para isso é https://rumoastrilhas.com/ultraestradareal/o-percurso/

Ponto no percurso:

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Ultra Estrada Real: Trecho a Trecho (Trecho 1)

Nada melhor do que mergulhar no percurso de uma ultra antes de corrê-lo, cozinhando a ansiedade e ficando deixando o espírito mais preparado para o desafio. Por conta disso, farei aqui uma série de 5 posts sobre cada trecho ao longo desta semana – de segunda a sexta, véspera da largada.

Na Estrada Real, correremos uma parte do Caminho dos Diamantes, que passou a ter relevância depois de 1729, quando as pedras preciosas de Diamantina se tornaram importantes para a economia colonial. O caminho inteiro inclui 395km pela Serra do Espinhaço – mas “faremos apenas” 88km dele (em minha opinião, o trecho mais belo de todos).

Trecho 1 (22km de Santa Bárbara a Catas Altas)

Tratando-se de um trecho relativamente plano, o caminho entre Santa Bárbara e Catas Altas oferece muitas opções e curiosidades ao turista que deve sempre estar atento para não se perder, pois há muitos desvios.  

A paisagem do percurso se revela muito bonita, sendo que, em alguns trechos, a vista da Serra do Caraça, ao fundo, é a beleza mais característica. Em determinado local o viajante terá que passar por dentro de uma fazenda, terminando o percurso debaixo de um túnel da linha férrea, e que, logo depois, deverá ser continuado seguindo os trilhos.

No marco 505 é obrigatória uma parada para apreciar o Bicame de Pedra, que é um aqueduto construído pelos escravos em 1792, de 4 metros de altura, onde suas pedras foram postas sob pressão, sem qualquer tipo de concreto, sobre o qual corria água para abastecer as antigas fazendas da região.

O trecho chega ao fim na cidade de Catas Altas, que foi fundada em 1703, a partir da vinda de bandeirantes em busca do ouro e pedras preciosas. Com o esgotamento das minas a cidade viu a sua economia entrar em decadência, até o naturalista Sainte Hilaire sugerir a substituição da exploração do ouro por ferro, que é abundante na região, reerguendo o status local. A cidade abriga um dos mais harmoniosos conjuntos arquitetura colonial mineira, integrado por igrejas e casarões complementados, ao fundo, pela magnífica Serra do Caraça. Catas Altas oferece infra-estrutura turística.

Conteúdo extraído do site http://www.estradareal.tur.br/caminhos-trechos_1_17

Esse será o único trecho de todo o percurso com trilha – uma relativamente pequena, de 2km. O restante será inteiramente percorrido em estrada de terra.

Devemos começar ainda no escuro, às 5:30, então aconselho a todos que levem lanternas (headlamps)!

IMPORTANTE:

Faça download e leve consigo os mapas, perfis altimétricos e planilhas de navegação de toda a prova. O link direto para isso é https://rumoastrilhas.com/ultraestradareal/o-percurso/

Ponto no percurso:

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Semana com improviso e cautela

Estou cauteloso essa semana.

Não só por ter me excedido no sábado, lá no Rio, mas porque a Ultra Estrada Real está logo ali.

Resultado: qualquer incômodo minimamente mais preocupante e eu já desacelero ou paro. Foi o que fiz na última quarta, quando simplesmente cancelei um treino de uma hora por estar com dores demais nas coxas. Melhoraram.

Ontem saí para 1h40. Mais difíceis no começo, com as articulações tesas, tensas. Mas depois acabei me soltando, fazendo o corpo “fluir” melhor. 

Era o que eu precisava, nem que por puro fator motivacional.

Amanhã meu longão será bem mais curto que a média: devo ficar na casa das 2h. Domingo, mas 1 para fechar.

E assim vamos caminhando para a última semana de treino antes da UER.

Estou curioso para saber se realmente consegui me recuperar do excesso de treinos de intensidade do passado recente.

  

Ultra Estrada Real: Sobre nosso Passaporte, carimbos no caminho e certificado

Como comentei há algum tempo aqui no blog, o Instituto Estrada Real está apoiando a ultra com força total. Parte desse apoio, claro, inclui a montagem de um certificado de conclusão emitido por eles, seguindo um modelo de passaporte como o do Caminho de Santiago.

Há, no entanto, algumas regras que podem interferir no próprio planejamento da corrida de cada um e que já posto aqui no blog. Vamos lá:

Passaportes

Todos os nomes dos corredores inscritos já estão com o Instituto Estrada Real, que está providenciando os nossos passaportes. A retirada desse passaporte deve ser feita na sexta-feira, 03/04, entre 15:00 e 18:00, no Centro Cultural de Ouro Preto. O endereço é: Praça Tiradentes, 4. Facinho assim.

Carimbos em trânsito

Para termos o certificado de conclusão, precisaremos de 3 carimbos de passagem. O último pode ser dado diretamente em Ouro Preto, na retirada do certificado – mas dois deles precisarão ser feitos ao longo da corrida. Esses carimbos poderão ser dados em 2 das cidades do caminho – Catas Altas e Mariana. Abaixo estão os endereços de cada um dos pontos:

Em Catas Altas: 

  • Centro de Atendimento ao Turista: Rua Monsenhor Mendes, 26 – Casa da Cultura (das 8 às 17, mas fecha para o almoço). Contato local: Márcia Martins, no 31-3660-2003
  • Pousada Ecopousada Escarpas do Caraça: Rua Melquíades Leandro, 1050 – Santa Quitéria (24 horas). Contato local: Alouad/ Cida Saad, nos telefones 31-8397-4654 e 31-3832-7473

Em Mariana:

  • Centro de Atendimento ao Turista: Rua Direita, 91/ 93 (das 8 às 18:30). Contato local: Érica Chaves, no 31-3558-2314/ 1062
  • Pousada Contos de Minas: Rua Zizinha Camello, 15 – Centro (24 horas). Contato local: Beatriz, no 31-3558-5400.
  • Pizzaria Dom Silvério: Rua Salomão Ibrahim da Silva, 78 (das 18:30 à 0:00). Contato local: Érica, no 31-3557-2475.

Importante: Há mais do que um ponto nas duas cidades, todos próximos ao caminho – mas apenas um carimbo por cidade será aceito. 

Retirada do certificado

Com os dois carimbos dados no passaporte, basta chegar sem estresse em Ouro Preto. A retirada do certificado acontecerá no dia seguinte, Domingo de Páscoa, lá no escritório do IER. O contato é a Paula, no 31-3551-3637, e o endereço é o mesmo da retirada dos passaportes: Praça Tiradentes, 4. Como estaremos em plena Páscoa, só tenha em mente que o último carimbo e a retirada do certificado serão feitos entre as 9:00 e as 11:00 ok?

Aí é descansar e guardar o que, para muitos, será o primeiro passaporte de peregrino oficial (embora percorrer longas distâncias não seja exatamente uma grande novidade para a maioria).

Não se esqueçam: tanto passaporte quanto certificado são bônus, opcionais. 

Como todo esse processo envolve retirar o passaporte um dia antes em Ouro Preto e buscar os locais de carimbo no meio do percurso, nunca é demais frisar que ninguém é obrigado a nada. O importante é correr e, lembrança por lembrança, teremos o troféu do que o André Zumzum preparou.

No entanto – e falo por mim aqui – há todo um valor no passaporte de peregrino só agrega à experiência que teremos na Estrada Real!

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