Eu participo de um grupo no Whats com os corredores que vão para Comrades. Participo desde o começo, aliás, em grande parte por conta do www.rumoacomrades.com, que inaugurou toda a minha jornada tanto pelo mundo das ultras quanto pela blogosfera como um todo.
Quando cruzei a linha de chegada em Pietermaritzburg no ano passado, recebendo a medalha back-to-back, fiz um último post lá no blog dizendo que aquela seria a minha última Comrades. Fazia sentido: já havia percorrido os dois sentidos, vivenciado a experiência da prova e estava pronto para novos desafios. Fazer mais 8 edições até conquistar o Green Number era algo que não fazia sentido para mim.
Até que o calendário correu e comecei a ver tantos amigos animados e cozinhando as suas ansiedades para ir à África.
Aí bateu saudade do Shosholoza, do clima de Durban, daquele país inacreditável que é a África do Sul, da profusão de idiomas que cortam os ares, das tradições, do oceano Índico.
Aí entendi a mágica por trás do Green Number.
Já não sei mais se deixei a minha última Comrades em 2015.
Talvez já esteja tarde para 2016 mas, a essa altura, confesso que o prospecto de eu me organizar para correr atrás do Green Number é grande. Muito grande.











