Por definição, treinos regenerativos são curtos e leves, tendo um efeito analgésico no corpo depois de treinos mais intensos. Pela lógica, eles não fazem sentido: como, afinal, aplicar qualquer tipo de esforço ao corpo cansado pode fazê-lo descansar?
O problema é que funciona.
No meu caso, ainda, costuma fazer algo ainda mais ilógico – como rodar 15km no domingo depois de correr uma maratona no sábado. Sob qualquer parâmetro, 15K dificilmente se enquadram no que se pode chamar de “regenerativo”. Eu sei.
Mas repito: funciona.
Funcionou.
Quando cheguei de volta no sábado estava tão mastigado que até o tornozelo inchou. O ato de locomoção, durante todo o sábado, foi desafiador. No domingo, acordei mais ou menos do mesmo jeito.
E aí decidi dar uma volta no Ibirapuera.
O incômodo todo evaporou no segundo quilômetro. A partir daí estava novo. E mais: no km 10 já estava querendo mais, curtindo mais os metros pela frente do que os que estavam ficando para trás.
Quando cheguei em casa de volta estava pronto para encarar não apenas a semana que começaria a partir dali, mas todo um novo prospecto de treinos pesados. Dá para entender?
Não. Há uma lógica torta com regenerativos: eles não fazem sentido algum, mas funcionam.
Efeito placebo? Pode ser. Mas faz alguma diferença?