Foi difícil segurar. A cada trecho mais sinuoso, a vontade de correr junto era simplesmente inabalável.
E, assim, decidi saltar do carro e subir mais uma meia dúzia de quilômetros na Serra dos Lima, já no pôr do sol. Valeu a pena? Bastou olhar pelo ombro de vez em quando para beber a vista impressionista e responder com plena obviedade a pergunta.
Para melhorar, o fim do trecho incluía um local para – amém – tomar um rápido banho.
Depois disso era a minha vez de pegar o volante enquanto o Charlston assumia o papel de pacer. E que volante: por conta de pontes que caíram no trecho mais reto, fomos forçados a percorrer, de carro, uma volta de 80km enquanto eles faziam 22 correndo. Foi longa, loonga, loooooonga.
Depois de 1h30, no entanto, chegamos ao ponto marcado e aguardamos.
Enquanto isso, para aliviar a cabeça que começava a pesar de dor, encaixei no carro e dormi o sono dos justos. Por inteiros 30 minutos, diga-se de passagem, até eles chegarem.
Hora de trocar de pacer novamente – mas para a Luana. Meu turno agora era no banco de carona, acompanhando e apoiando com água, refrigerante e tudo mais.
A esta hora, a noite já caiu profunda: escrevo este post às 1:54 da manhã, enquanto cruzamos a marca dos 100km. Embora cansados, estamos todos bem e inteiros.
Hora de seguir e torcer para o sol raiar logo trazendo as habituais boas energias.