Faltavam 30 km para terminar. Ainda era muito chão, mas o cansaço parecia estar sendo naturalmente combatido pela alegria de correr a Comrades pela segunda vez, cortando uma multidão que incentivava cada passo dado.
Recebi um tapinha nas costas: era o David, amigo que fiz na minha primeira Comrades e que correria o restante do percurso comigo. Amigos, aliás, foi o maior presente que essa prova me deu, fazendo jus ao seu nome.
Quando comecei a treinar para a Comrades de 2014 estava essencialmente só: conhecia poucas pessoas no mundo das ultras, não tinha experiência e nem muita gente com quem falar. Normalmente, qualquer pessoa com quem você comente que pretende fazer algo maior que uma maratona te lança um olhar de tamanho receio quanto à sua sanidade mental que, aos poucos, acaba-se preferindo guardar as suas metas para si mesmo.
E esse cenário mudou apenas na véspera da minha…
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