É sempre bom reviver desafios cumpridos – principalmente quando eles também foram muito, muito compridos :-)
Link direto: http://esporte.band.uol.com.br/clube/videos.asp?id=15677979
É sempre bom reviver desafios cumpridos – principalmente quando eles também foram muito, muito compridos :-)
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A esta altura, minha esperança de passar por um percurso seco, relativamente tranquilo e sem muitas intempéries, já se foi. Mesmo que não chova na madrugada do dia 6 para o dia 7, as tempestades das últimas semanas já se encarregaram de deixar o solo molhado o suficiente para garantir muita, muita lama.
Paciência.
Inaugurei minha primeira prova mais longa em trilhas na mesma região: foi a Indomit Bombinhas, com 42K, regada a chuva e a escorregões. Quando terminei, jurei a mim mesmo que jamais voltaria ao local.
O tempo passou, me adaptei mais às trilhas, perdi o medo. E, curiosamente, lá estarei eu para uma nova estreia: os primeiros 100K.
O que esperar? No mínimo, uma dificuldade técnica alta.
A largada será na madrugada, garantindo pelo menos umas 6 horas de escuridão. Comigo, além da óbvia mochila de hidratação, levarei uma lanterna testeira poderosa e poles para ajudar no equilíbrio e nas escaladas. Serão muitas: 3.088 metros acumulados, para ser exato. Pior: as maiores montanhas estarão justamente no começo, quando a luz inexistirá.
Não vou estimar pace algum aqui – mas ficaria muito feliz de chegar ao menos próximo do marco da maratona quando o sol começar a raiar. 4 ou 5 subidas, portanto, estarão para trás.
Ainda assim, não planejo acelerar nada: a meta é ir no ritmo que o corpo, os olhos e o equilíbrio permitirem, poupando energia física e mental para os últimos trechos.
A parte “boa” é que, por mais que seja uma prova dura, os trechos mais ásperos serão percorridos à noite, sem que os olhos possam assustar a cabeça devido à redução no campo de visão. É o ideal? Não sei – mas é o que se apresenta.
Pelo mapa, pelo menos, haverá alguns espaços longos de “calmaria técnica”: ruas, seja de asfalto ou de terra, onde a cabeça poderá descansar um pouco.
Aproveitemos também esses espaços.
Aliás, aproveitemos tudo.
Serão meus primeiros 100K e nada melhor do que começar em um lugar incrivelmente lindo, com um desafio forte e um potencial altíssimo de boas histórias para contar.
Minha expectativa de tempo? A julgar pelos tempos do ano passado, imagino que levarei algo entre 15 e 18 horas. Menos, difícil; mais, possível.
Seja como for, espero apenas uma coisa: que me divirta por cada um dos segundos que a Indomit durar!
Enquanto a luz amarela continuava acesa, acabei pesquisando mais sobre meu treinamento até os 100K da Indomit Costa Esmeralda, no dia 7 de novembro. E olha o que encontrei: a Bertioga-Maresias, prova que sempre quis fazer e que, este ano, acontecerá em 17/10.
Em outras palavras: acontecerá no dia perfeito para o último longão pre-Indomit. E contará ainda com sol, trechos em areia e aquele clima de prova que sempre bate qualquer treinamento.
Serão 75km que pretendo fazer na categoria solo, pegando leve com o pace e buscando apenas um último treino. Depois, descanso e recuperação.
Com a inscrição já devidamente feita, é hora de passear pelo Youtube e curtir alguns dos vídeos de edições passadas para adrenalinar corpo e alma!
Como diz o ditado, “o que era doce, acabou-se”. Estou neste exato momento curtindo os primeiros sinais daquela típica depressão pós-viagem, em que a perspectiva de correr no (embora amado) Ibira posa como um contraste absoluto em relação às dunas e praias do Ceará.
Mas, enfim, parte da graça de correr é poder justamente aproveitar o mundo de uma maneira solitária, intensa, egoista e, sobretudo, completa. Foi-se o Ceará, virão novas trilhas.
A começar pela que está programada para o dia 7 de Novembro: meus primeiros 100K sob o solo hiper técnico e traiçoeiro de Santa Catarina, na Indomit UltraTrail Costa Esmeralda. Não minto que estou levemente aterrorizado com o prospecto de encarar aquelas trilhas novamente – minha primeira vez foi no Indomit Bombinhas, de 42K, que me tomaram mais de 6 horas. Mas, de lá para cá, muita coisa já aconteceu e amadureci bastante como corredor. Não que esteja pronto para encarar uma Marathon de Sables, claro – mas 100K não há de ser, espero, tão infernal assim.
E a parte divertida começa agora, com a programação montada por mim mesmo.
No começo, esta semana, pegarei leve: preciso livrar a musculatura das dores e recome;car o ciclo, embora os 100K com areia fofa que carrego da semana certamente serão uma bela base.
Depois sigo com microciclos: duas semanas evolutivas com tiros e tempo runs seguidas de uma semana mais leve. Os longões estão até modestos: fora os 50K da semana de pico, já em meados de outubro, os outros variam entre 3 e 4 horas, mais ou menos. Procurarei fazê-los em trilhas diversas, seja na Serra do Japi, no Parque do Carmo ou em qualquer outro canto próximo a Sampa.
É claro que, como toda boa programação, ajustes devem ser feitos. Mas é sempre bom ter uma base a partir de onde improvisar.
Agora é foco puro. Em pouco mais de 3 meses terei completado meus primeiros 100K.
Depois de algumas semanas me organizando, caçando calendários e fazendo todo tipo de conta, é hora de efetivamente estabelecer as minhas próximas metas. E já digo uma coisa: estou absolutamente empolgado com elas!
Daqui até fevereiro tenho pelo menos três provas nas quais já me inscrevi e que, claro, pretendo dominar para riscar itens da minha lista de desejos.
A primeira será logo agora, no final do mês: 50K em Atibaia, parte do circuito da Copa Paulista de Corridas de Montanha. A prova em si não deve ser nada de apavorante, mas quero tirar da mente aquela impressão negativa de passar por percursos “excessivamente selvagens”. Não sei se é ou não o caso de Atibaia – o site não dá nem sequer uma pista sobre nada – mas será excelente para returbinar o corpo.
A segunda já será mais “tensa”: meus primeiros 100K, com direito às trilhas técnicas da Indomit Costa Esmeralda e a uma largada à meia noite. Uma prova de fogo: passando bem por ela, encaro qualquer coisa! E, para falar a verdade, essa é a prova que mais está me deixando de cabelo em pé, meio inseguro. Mas, enfim, só sabemos mesmo quais são os nossos limites depois de nos testarmos.
Finalmente, a terceira e última também está nos meus sonhos faz tempo: o El Cruce, lá nos Andes, paisagem exuberante que tive o prazer de percorrer por conta própria no final do ano passado. E, nesse caso, será a minha primeira corrida em estágios.
Agora é treinar.
Empolgado.
Hora de colocar as mãos na massa! Com a Indomit programada para o começo de novembro, tenho um período bom para trabalhar a base – principalmente do ponto de vista de velocidade – mantendo o ganho acumulado desse período que culminou na Comrades.
Não pretendo me programar até o dia da prova, mas montei algumas regras que traduzi em uma planilha que seguirei até o final de julho. A partir de então farei algo mais específico com base em como estiver me sentindo. Os ponteiros gerais são:
Começarei nessa semana, tomando como base uma meta semanal de 55-60K (já considerando o “day-off” de ontem).
Terças e quintas serão dias de tempo runs ou tiros, alternando-se. Isso será sagrado: trabalhar velocidade foi algo que gostei de fazer até aqui, até para dar uma variada, e que pretendo continuar.
O modelo será de duas semanas crescentes para cada semana light, buscando uma evolução realmente lenta e terminando em algo como 85-90km semanais.
As primeiras semanas de agosto, ainda não planilhadas, serão o pico do treino para o Indomit. Chegaremos lá depois.
Na medida do possível vou inserir trilhas nos longões. Isso ajudou bastante por mudar grupos musculares.
Também buscarei algumas ultras menores no caminho, o que pode mudar o planejado (de maneira positiva, diga-se de passagem).
Enfim, veremos como tudo funcionará. O programa completo está abaixo:
Ainda levará algum tempo, o que garante tempo para treino.
Ainda há Comrades pela frente e, depois, alguns meses de preparo.
A largada será à noite e na praia, em pleno período de verão catarinense.
Haverá estradas de terra, areiões, costões de pedra e trilhas.
Haverá um amanhecer no alto das montanhas fazendo o mar ficar dourado sob pés que, provavelmente, já estarão começando a ficar cansados.
Haverá aventura, adrenalina e uma estreia que mescla percurso técnico à ansiedade de inaugurar uma nova distância.
E já há muita ansiedade pulsando pelas veias.
Dia 7 de novembro largarei na Indomit 100K Costa Esmeralda.
Na busca por uma prova de 100K ainda este ano, acabei me deparando com um problemão: a inexistência de uma variedade opções pelas quais eu pudesse “navegar”, fincando a minha meta pós-Comrades.
Cheguei a encontrar uma, a Morretes-Guaraqueçaba, mas desisti depois de ler que eu precisaria levar carro e time de apoio. Muito complicado, principalmente para quem é minimalista por natureza.
Vi a Torres del Paine – linda, mas complicada por ser distante demais.
Comecei a fuçar outras provas pela América Latina: nada. Ao menos nada que me apetecesse.
Até que dois corredores me indicaram uma opção óbvia, mas que havia passado desapercebida: a Indomit Costa Esmeralda, em novembro!
Pontos positivos: é perto, lá em Santa Catarina, o visual é incrível e tem os tão perseguidos 100K.
Mas há os negativos. Quando fiz a Indomit Bombinhas no ano passado, me assustei um pouco com o grau de tecnicidade do percurso. A tempestade que caiu nos dias anteriores fez com que o terreno ficasse quase ridículo de tão escorregadio e, confesso, esse tipo de coisa não me encanta tanto.
Me disseram que o Costa Esmeralda – apesar de ter o mesmo organizador e de ser na mesma região – não é TÃO técnico assim. Bom… talvez seja hora de descobrir por conta própria.
Há algum tempo me inscrevi na lista de espera e, finalmente, saiu uma aprovação. Agora é decidir.
E quer saber? Estou BEM propenso a entrar logo no site e garantir essa vaga!