3 semanas com três maratonas aos sábados e batendo os 100km/ semanais.
3 semanas com corridas antes das 5 da manhã em dias úteis, incluindo chuvas torrenciais enxurrando madrugadas e frios fora do normal embalando os percursos.
Mas há dois ingredientes importantes: a escolha do percurso em si e, claro, o comprometimento da alma com o ato de correr.
O primeiro ponto pode não ser tão fundamental quando se está fazendo 10 ou 15 km. Quando se encaixa uma maratona ou uma ultra na rotina, no entanto, ter um local para se entusiasmar por horas a fio passa a ser questão de sobrevivência. Neste quesito, o ciclo em si foi marcado pelo Parque da Cantareira – principalmente no treino de ontem. Céu azul, frio e trilhas fora de série sobrevoando a cidade de São Paulo. Inspirador.
No segundo… Bom… O segundo já aprendi a carregar comigo desde que comecei nas ultras, há 3 anos. E, nesse aspecto, longões de 4, 5 horas acabam ajudando a alma a se encontrar melhor, a se encaixar, a se ver e a se resolver. Fazem com que esse tempo gasto nas trilhas e asfaltos retorne em forma de um tipo de paz endorfinada difícil de se conseguir em qualquer outra atividade.
Bom… Semana que vem é mais leve, perfeita para aliviar as dores acumuladas dessas três semanas que já incomodam bastante.
Bem vindo troféu, acrescento.