O incrível de cidades grandes como São Paulo é que elas nunca param de surpreender.
Hoje, meu plano era ir ao Parque da Cantareira e fazer 3 horas de trilhas por lá, desbravando matas e absorvendo vistas. Não deu: assim que saí do carro fui informado de que, por conta da garoa que insistia em cair, o parque não abriria hoje.
Plano B: Horto Florestal.
Não conhecia o Horto mas sabia que ficava a cerca de 500 metros da Cantareira. Fui até lá e entrei.
Primeira impressão: o lugar é lindo. Verde, cheio de sons vindo do céu e de dentro da mata e extremamente bem cuidado. A segunda impressão veio quando olhei o mapinha do local: cada volta tinha menos de 3km! Para completar as 3 horas seria necessário dar tantas voltas que, provavelmente, acabaria tonto!
E essa é a parte que a cidade surpreende. Decidi ignorar o traçado e sair guiado apenas pelos pés. No começo, até segui o percurso demarcado – mas por menos de 5 minutos. Avistei algumas entradas escondidas: entrei.
Descobri trilhas escondidas – algumas, confesso, parte do vizinho Parque da Cantareira desvendadas por fendas em trechos das grades o separa do Horto. Fui assim mesmo, embora com mais cautela.
O único problema é que nenhuma das pequenas trilhas tinha qualquer tipo de demarcação – algo meio complicado para quem tem un senso de localização tão ruim quanto o meu.
Mas, ainda assim, elas eram pequenas e fáceis de encarar.
Na saída, decidi sair do Horto e dar voltas por fora, pela região. Ideia ótima para somar quilômetros e que acabou sendo repetida mais uma vez, mas que deixou saudade da mata. Cheguei até a esticar um pouco pela Estrada de Santa Inês, rumo ao Velhão, mas desisti depois que o acostamento desapareceu e o perigo aumentou. Não estava lá para isso.
Resumo: correr no Horto foi como descobrir uma mini selva dentro de São Paulo – e aproveitá-la ao extremo.
Amei o lugar – mas, na semana que vem, espero que o tempo colabore para que eu possa descobrir a Cantareira!








